terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cardozo: PF vai, sim, investigar cartel do metrô

Em audiência pública no Senado, ministro da Justiça manda alerta a políticos do PSDB: "Se alguém tentar intimidar a PF e o Cade, perca a esperança"; cúpula tucana pede que José Eduardo Cardozo não esteja mais à frente das investigações sobre o chamado propinoduto tucano e diz que ação do ministro, que enviou denúncia sobre o caso Siemens à Polícia Federal, é política; "O ministro da Justiça não será um engavetador de denúncia. O engavetador-geral é um prevaricador-geral", afirmou Cardozo hoje aos parlamentares

3 de Dezembro de 2013 às 13:04


247 – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira 3 que a Polícia Federal e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) vão, sim, continuar a investigação sobre o esquema de cartel em licitações de trens e metrô envolvendo políticos do PSDB em São Paulo. "Se alguém tentar intimidar a PF e o Cade, perca a esperança", alertou Cardozo, que participa de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Na semana passada, a cúpula do PSDB pediu à Procuradoria-Geral da República e à Comissão de Ética que investiguem o ministro. Segundo os tucanos, Cardozo agiu politicamente ao encaminhar para a PF denúncia que recebeu do deputado licenciado Simão Pedro, do PT. O documento, alegam, foi traduzido e adulterado para incriminar os inimigos do governo. O titular da Justiça defende que era sua obrigação pedir apuração sobre o caso e que não pode se comportar como um engavetador de processos.

"O ministro da Justiça não será um engavetador de denúncia. O engavetador-geral é um prevaricador-geral", reafirmou o ministro nesta terça-feira. Na CCJ, Cardozo disse que cabe à Polícia Federal verificar se as denúncias entregues por ele são verdadeiras, e não a ele ou qualquer outra autoridade. O relatório que o ministro recebeu das mãos de Simão Pedro foi escrito pelo ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer e cita nomes do PSDB, como o senador Aloysio Nunes (SP) e o secretário do governo paulista, José Aníbal.

Do sítio: BRASIL247

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